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Pesquisa descobre que ciclovias geram empregos

Para muitos comerciantes, vagas para carros são garantia de clientela e lucro no final do mês, enquanto a substituição destes espaços por ruas para pessoas gera impasses e contrariedade. Estudos demonstram que o pensamento pode ser equivocado, como em Nova York, que viu o lucro aumentar cerca de 50% após a implantação de ciclovias.

Mas, pela primeira vez, um estudo analisou a relação entre os diferentes projetos viários e a criação de novas posições no mercado de trabalho. A pesquisa foi conduzida pela Universidade de Massachussetts, nos Estados Unidos, e concluiu que criar novas ciclovias gera mais empregos do que investir em qualquer outro tipo de estrutura viária nas cidades.

Os pesquisadores Instituto de Pesquisa em Economia Política (PERI) da universidade compararam 58 projetos em 11 cidades americanas. A descoberta foi que o maior índice de novos empregos está nas regiões onde ciclovias foram construídas: em média, foram gerados 6 empregos diretos por milhão gasto na obra, mais 2,4 empregos indiretos e 3 induzidos, somando 11,4 novas colocações no mercado de trabalho.

Em contrapartida, as regiões cuja infraestrutura é exclusiva para veículos automotores foram as que menos geraram empregos por dólar gasto: 4 diretos, 1,8 indiretos e 1,8 induzidos, um total 7,8 novas colocações, índice 46% inferior se comparado à região com malha cicloviária. Já nas áreas mistas para pedestres e ciclistas o total de empregos gerados por milhão gasto é de 9,9.

A pesquisa sugere que a razão para a diferença de empregos gerados se dá em razão de uma cadeia: esses projetos são mais complexos, requerem mais profissionais e materiais. “Não é nenhum segredo que o investimento em infraestrutura de transporte gera empregos e ajuda a economia”, afirma o diretor da América Bikes ao release oficial do estudo. “Este estudo demonstra bicicleta e projetos de pedestres não são exceção – na verdade, eles são especialmente eficientes na criação de empregos”.

Fonte: The City Fix Brasil

Londres testa tecnologia inovadora na travessia de pedestres

Um amontoado de pedestres aguarda o semáforo fechar para, enfim, atravessar a rua. Alguns, mais apressados, inclusive arriscam a própria vida entre um carro e outro. Muitas vezes, inclusive, a quantidade de gente aguardando no semáforo é superior a de veículos trafegando. A cena é comum nos centros urbanos cujas vias foram projetadas para priorizar os carros e não os pedestres.
Em resposta a esta realidade, Londres está desenvolvendo uma tecnologia que traz mais segurança para quem está a pé. É o Pedestrian Scoot, um sensor que calcula o número de gente esperando para atravessar e, de acordo com a quantidade detectada, o equipamento prolonga o tempo para que mais pessoas atravessem. Ou seja, ele oferece mais eficiência e otimização nas viagens a pé.
A iniciativa faz parte dos esforços de Londres para reduzir em 40% o número de pedestres mortos ou feridos até 2020. Os locais escolhidos para a fase de testes foram as faixas de pedestres próximas às estações Balham e Tooting Bec do metrô. Atualmente, 550 travessias da capital inglesa contam com um cronômetro que indica o tempo restante para a travessia – tecnologia também presente em cidades brasileiras.
O prefeito de Londres, Boris Johnson, afirmou ao Cities Today: “Estou orgulhoso por Londres ser a primeira cidade no mundo a experimentar este equipamento de ponta, que beneficiará os pedestres pela cidade. Uma inovação como esta é chave para que Londres se mantenha eficiente no caminho de vias mais seguras para todos”.

 

Fonte: The City Fix Brasil

TJ-RS determina que prefeitura de Porto Alegre cumpra integralmente o Plano Diretor Cicloviário

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul(TJ-RS) confirmou nesta quarta-feira (12/03) a determinação de que a prefeitura cumpra integralmente o Plano Diretor Cicloviário (PDCI) e aplique 20% do valor arrecadado em multas de trânsito na construção de ciclovias e em campanhas de educação no trânsito. Esse artigo do PDCI é contestado pelo governo municipal, sob o argumento jurídico de que seria inconstitucional, pois acarretaria em aumento de despesas orçamentárias por parte do poder público. Entretanto, o entendimento do Judiciário, reforçado nesta quarta por decisão unânime da 21ª Câmara Cível do TJ-RS, é de que a receita de multas de trânsito não integra o orçamento do município.

O PDCI foi um projeto enviado pelo governo de José Fogaça (PMDB) e aprovado pela Câmara Municipal em 2009. A emenda que determinou o investimento de 20% do que é arrecadado das multas em ciclovias foi de autoria do então vereador Beto Moesch (PP). Apesar de não constar no projeto original enviado à Câmara, essa emenda foi sancionada por Fogaça e, agora, é questionada pelo governo de José Fortunati (PDT), que foi vice-prefeito na gestão do peemedebista.

 

Fonte: Sul 21