Viemos através desta nota esclarecer alguns pontos em relação à nossa denúncia de irregularidades na obra de extensão da rua Dona Alzira, na Zona Norte de Porto Alegre.
Em matéria na edição desta quarta-feira, 12 de novembro de 2014, no jornal Correio do Povo foi publicado que a Mobicidade “denuncia que moradores do entorno depositam na ciclovia restos de entulhos e caminhões descarregam na calçada materiais de construção”. Em nenhum momento houve tal denúncia.O que a Mobicidade denunciou foram as falhas de projeto e execução da via e a falta de ciclovia, como manda a lei do Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI).
Também não aceitamos a justificativa dada pela EPTC de que a existência da ocupação é que impediu a criação de uma ciclovia adequada. Se havia espaço suficiente para ser construída uma avenida com seis faixas de rolamento, com certeza havia espaço para a construção de ciclovia e passeio público. O grande problema, como sempre, é a priorização do automóvel particular no planejamento da cidade, em detrimento da qualidade de vida e em violação com o que manda o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre (PDDUA) que prevê a prioridade para o transporte coletivo, pedestres e bicicletas.
Não endossamos qualquer tipo de perseguição aos moradores da rua Dona Alzira, pelo contrário, somos solidários à sua luta por moradia digna e pela função social dos imóveis, conforme rege a Constituição Federal.
Atenciosamente,
Coordenadoria de Comunicação
Mobicidade – Associação Pela Mobilidade Urbana em Bicicleta
www.mobicidade.org