Reunião Aberta com a EPTC

A reunião ocorrida no dia 06 de dezembro teve forte participação de ciclistas e interessados, assim como o DETRAN e pessoal de outras equipes da própria EPTC. Basicamente a apresentação se focou em dois projetos da EPTC que são paralelos ao Plano Cicloviário (PDCI).
O primeiro seria o projeto das Ciclorrotas, que envolveria sinalização vertical e na pista em vias com velocidade inferior a 40km/h e que não estejam dentro do planejamento do PDCI, não sendo ideia repavimentar as mesmas. Existem alguns núcleos já definidos, sendo que no Menino Deus já há um projeto piloto nas ruas Saldanha Marinho e Gonçalves Dias.
O segundo projeto é o chamado “Rota de Ciclista”, onde se utilizaria sinalização vertical alertando sobre a ultrapassagem a 1.5m e a preferência de ciclistas e pedestres nas conversões em vias que fazem parte do planejamento do PDCI porém ainda não receberam a infraestrutura planejada, ou ainda em algumas que não façam parte do PDCI porém sejam muito utilizadas por ciclistas e tenham velocidade máxima de 60km/h, como as avenidas Farrapos, Cristóvão Colombo e arredores.
Com um ousado plano de implementar os dois projetos ainda em 2017, a EPTC se baseou nos mapas de acidentalidade dos últimos anos e, embora com ressalvas, utilizou também o mapa de calor do Strava, o que foi criticado por boa parte dos presentes. Algumas das vias citadas foram indicações feitas pelo email ciclorrotas@eptc.prefpoa.com.br, criado especificamente para que ciclistas possam fazer sugestões nos projetos.
Diversos questionamentos foram feitos, como o uso do projeto como subterfúgio dos núcleos políticos (e não necessariamente dos técnicos da EPTC) para protelar a execução do próprio PDCI, foco dos recursos na sinalização das Rotas de Ciclista pois as Ciclorrotas poderiam ser uma tentativa de desviar os ciclistas para ruas pouco utilizadas e até perigosas (questão rebatida pela EPTC alegando que um dos critérios é as vias já serem utilizadas por ciclistas), temor de que as Ciclorrotas sigam o exemplo das ciclovias e não componham redes efetivas (“indo do nada a lugar nenhum”), sendo sugerida a criação de rotas realmente (como sinalização do tipo “Você está na rota ZN x Centro”, por exemplo), como seria feita a divulgação e fiscalização da sinalização e como agir em relação à infrações, entre outros pontos.
Uma situação que fica um tanto em aberto é a dúvida em relação aos projetos do novo governo municipal e quem assumirá a EPTC, podendo haver forte influência nos projetos apresentados, nos já existentes e na própria execução do PDCI, embora tenha ficado mais uma vez clara a necessidade de aproximação com os corpos técnicos a fim de estabelecer um melhor diálogo e fiscalização do trabalho do órgão.

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