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Perfil Nacional do Ciclista

Você sabia que a maioria dos ciclistas brasileiros tem entre 35 e 44 anos, concluiu o ensino médio, recebe até 2 salários mínimos, pedala até 30 minutos no seu deslocamento principal, não se envolveu em incidentes de trânsito recentemente e, principalmente, gosta de pedalar? Isso é o que disse a pesquisa organizada pela associação de ciclistas carioca Transporte Ativo, organizada para avaliar o perfil nacional do usuário de bicicleta como meio de transporte. A pesquisa foi aplicada na primeira quinzena de setembro por associações parceiras em 9 capitais diferentes, sempre em dias úteis e cobriram três áreas distintas de cada cidade, sendo elas região central, intermediária e periférica. Em Porto Alegre a pesquisa foi aplicada por membros da Mobicidade e os resultados são bem interessantes. Confira: Para saber mais sobre a pesquisa acompanhe: http://www.blog.transporteativo.org.br

Mobicidade exibe doc #BikeVSCars sob o viaduto dos Açorianos

Local será a próxima sede da Cidade da Bicicleta; campanha de financiamento coletivo pretende viabilizar infraestrutura

A Mobicidade, em campanha de financiamento coletivo para custear a infraestrutura da nova Oficina Comunitária Cidade da Bicicleta, realiza neste domingo, sob o viaduto dos Açorianos, no centro de Porto Alegre, a exibição gratuita do documentário Bikes VS Cars, dirigida pelo dinamarquês Fredrik Gertten. O evento inicia-se a partir das 16h, com um piquenique e bate papo sobre mobilidade urbana, seguida do filme. O local, com uso cedido pela Prefeitura de Porto Alegre, será o local da nova sede da Cidade da Bicicleta.

Sobre a Campanha

A Cidade da Bicicleta era um espaço coletivo que funcionava em um imóvel cedido, no bairro Menino Deus. O local era utilizado para palestras, projeções de filmes, reuniões de ativistas, festas, briques e outras atividades culturais, além do funcionamento da Oficina Comunitária da Cidade da Bicicleta. Esse espaço foi ocupado durante cerca de três anos (2010-2013), e era sustentado pelo trabalho voluntário baseado no princípio “faça você mesmo”, mantido de forma cooperativa e autônoma, e marcada pela troca de conhecimentos e informações sobre mecânica de bicicletas e, consequentemente, unindo pessoas que sonhavam em transformar a cidade para melhor. Após a devolução do local de funcionamento, particular, os voluntários da Cidade da Bicicleta conseguiram junto à Prefeitura, a cessão do uso do espaço sob o viaduto dos Açorianos, que receberá um contâiner adaptado para que, novamente, a oficina entre em funcionamento. A campanha de financiamento coletivo, na plataforma Catarse, visa a conseguir R$ 36 mil para a instalação da infraestrutura. Saiba mais aqui.

Sobre o filme

O filme retrata, em diferentes cidades do mundo, com destaque especial para as metrópoles de São Paulo e Los Angeles, a movimentação de ativistas e cidadãos em direção a um novo sistema urbano, enfrentando, porém, desafios como a resistência de um poder econômico estabelecido. “Mudanças climáticas e engarrafamentos sem fim frustram as pessoas mais do que nunca. Em vez de se lamentarem, as pessoas em diversas cidades do mundo adotam a bicicleta como uma solução ‘faça-você-mesmo’. Fatores como a violência no trânsito e planejamento urbano deficientes geram mortes diárias de ciclistas, que agora reivindicam vias mais seguras”, diz a sinopse do documentário, que tem, entre suas “estrelas”, a cicloativista brasileira Aline Cavalcante, a arquiteta e urbanista Raquel Rolnik, o escritor e explorador urbano estadunidense Dan Koeppel e o dinamarquês Ivan Naurholm, um estressado taxista em Copenhague, a capital mundial das bicicletas. Confira aqui o trailer do filme.

Serviço

O quê: Exibição gratuita do documentário Bikes Vs Cars com piquenique e bate papo sobre a campanha de financiamento coletivo da Cidade da Bicicleta.
Quando: 23 de agosto, domingo, a partir das 16h,
Onde: Viaduto dos Açorianos (Av. Loureiro da Silva x Av. Borges de Medeiros), no Centro

MP investiga violação ao Plano Cicloviário

O Ministério Público vai realizar audiência para dar andamento à investigação sobre a violação do Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI) de Porto Alegre na tarde dessa sexta-feira.

A investigação foi originada através de denúncia da Mobicidade pela ausência de faixa exclusiva para bicicletas (ciclovia) na Rua Dona Alzira, na Zona Norte da capital como obriga a lei que estabelece o PDCI.  A qualidade da obra de ampliação da via que foi executada pela Walmart Brasil també é alvo do inquérito, já que menos de uma semana depois de inaugurada, já apresentava rachaduras e desmoronamentos.

Concreto já está quebrado em diversos pontos do passeio.
Concreto já está quebrado em diversos pontos do passeio.

Mobicidade solicita que ANTT estude viabilidade de implementação de ciclovia na Free-way

A Mobicidade protocolou na manhã desta segunda-feira um ofício no escritório regional da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) solicitando que a implementação de ciclovias seja incluída no estudo que avaliará a possibilidade de construção de vias laterias na BR-290 (Free-way) entre os municípios de Porto Alegre e Gravataí. Na última semana de maio, a ANTT autorizou a concessionária do trecho, Triunfo Concepa, realize um estudo de viabilidade de implantação de vias laterais, para dar mais fluidez ao trecho, separando o tráfego local do de longa distância.

Atualmente a circulação de ciclistas é proibida na freeway. Mesmo assim a via é muito utilizada por ciclistas pela falta de opção mais segura. Acreditamos que exista ainda uma enorme demanda latente, de pessoas que deixam de se deslocar de bicicleta dentro da Região Metropolitana por faltar de opções seguras e confortáveis. No entender da Mobicidade, ampliar uma rodovia dentro da Região Metropolitana sem pensar no trânsito de bicicletas é uma violação da lei que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana.

Confira abaixo o ofício que foi entregue à ANTT:cartaabertaANTTfreeway

“E Se Aqui Fosse Uma Praça?” é destaque no Jornal Metro

O projeto “E Se Aqui Fosse Uma Praça?” foi destaque na página três do jornal Metro desta quarta-feira. Em uma nota na mesma página o jornal relata que a EPTC afirma desconhecer a proposta da criação de uma praça no cruzamento das ruas Irmão José Otão e Barros Cassal. Entretanto a proposta foi apresentada pessoalmente em reunião na Gerência de Projetos Estratégicos em Mobilidade (GPEM) da EPTC na tarde do dia 26 de março deste ano. Na reunião, o arquiteto e chefe da GPEM Antônio Vigna inclusive disse pessoalmente aprovar a ideia.

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E Se Aqui Fosse Uma Praça?

Mobicidade faz evento para questionar o uso dos espaços públicos de Porto Alegre

E se aqui fosse uma praça ao invés de ser lugar para passagem e estacionamento de veículos? É este o questionamento que a Mobicidade quer trazer para a população com o evento “E Se Aqui Fosse Uma Praça?” que acontecerá ao longo da tarde do sábado, dia 30 de maio no cruzamento das Ruas Irmão José Otão e Barros Cassal.

Uma parte da rua será fechada para o trânsito de carros e será criada temporariamente uma pequena praça, para mostrar na prática como seria ter uma praça ali ao invés de uma faixa de trânsito. Faremos um grande piquenique colaborativo (onde todas pessoas estão convidadas a contribuir levando algo para compartilhar) e haverá apresentação de artistas.

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Em março deste ano, Mobicidade apresentou melhorias para as ciclovias da cidade, que incluía a criação de uma praça no cruzamento das ruas Irmão José Otão e Barros Cassal.


No cruzamento da rua Irmão José Otão com a Rua Barros Cassal, há um grande espaço mal aproveitado, que poderia ser transformado em uma praça sem prejudicar o fluxo de automóveis. A maior parte dos espaços públicos da capital gaúcha são destinados à circulação e estacionamento de veículos motorizados. É este o melhor uso que temos para estes espaços? Ou será que conseguimos utilizar esses espaços de forma mais eficiente, melhorando o trânsito e criando áreas de convivência onde as pessoas podem passar momentos de lazer, aumentando também a segurança do bairro?

Venha discutir a cidade! Venha construir a praça!

Link para evento no Facebook.

MP arquiva investigação sobre Binário

A Mobicidade recebeu nesta segunda-feira, uma notificação de arquivamento do Inquérito Civil que investigava o descumprimento do Plano Cicloviário de Porto Alegre nas obras do binário das avenidas Borges de Medeiros/Praia de Belas.

O Ministério Público aceitou a alegação da defesa da EPTC de que o trecho onde foi implementado o binário não pertence à Rede Cicloviária Estrutural prevista em lei. Entretanto a defesa da EPTC não procede pois o binário passa por trechos da avenida Borges de Medeiros que estão gravados Rede Cicloviária Estrutural, descrita no Anexo 2 da Lei Complementar Municipal 626/09, que instituiu o PDCI (conforme o mapa abaixo).

Mapa mostra em azul Rede Cicloviária Estrutural e em vermelho o Binário Borges de Medeiros/Praia de Belas. É possível ver o trecho no qual os dois se sobrepõem.
Mapa mostra em azul Rede Cicloviária Estrutural e em vermelho o Binário Borges de Medeiros/Praia de Belas. É possível ver o trecho no qual os dois se sobrepõem.

Assim que recebeu a notificação, a Mobicidade encaminhou e-mail à Promotoria de Justiça da Habitação e Defesa da Ordem Urbanística, manifestando a sua posição. Confira nossa carta na íntegra:

“Prezado sr. promotor Heriberto Roos Maciel,

Viemos através deste e-mail, manifestar nosso desacordo com o arquivamento do Inquérito Civil nº01202.00127/2014, que investigava o descumprimento do artigo 19 da  Lei Complementar Municipal nº626/09, que instituiu o Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI).

Consideramos improcedente a defesa da EPTC quando alega que “o trecho integrante do binário das Avenidas Borges de Medeiros/Praia de Belas […] não faz parte da referida rede cicloviária”. Tendo em vista que o binário inicia na Av. Loureiro da Silva e vai até a rua José de Alencar, e no Anexo 2 do PDCI consta gravada como parte integrante da Rede Cicloviária Estrutural a Av. Borges de Medeiros “do início até Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto”, fica claro portanto que o binário das  Avenidas Borges de Medeiros/Praia de Belas se sobrepõe à Rede Cicloviária Estrutural prevista em lei no trecho compreendido entre as avenidas Loureiro da Silva e Aureliano de Figueiredo Pinto. Há então uma clara violação do artigo 19 do PDCI.

Estamos à disposição do Ministério Público para mais esclarecimentos sobre nossa denúncia.”

Mobicidade lança aplicativo “Dá pra atravessar?”

Recurso visa a colher dados dos pedestres sobre dificuldades na travessia de vias de Porto Alegre.

O imbroglio envolvendo o Executivo Municipal e a Câmara de Vereadores, em relação ao projeto de lei que determinava o tempo de 30 segundos na travessia de ruas e avenidas em Porto Alegre, e que acabou por não ser regulamentado, motivou a criação de um aplicativo que analisa se é real ou não a demanda por mais tempo de sinal verde para quem caminha na cidade. A Mobicidade, associação que luta pelos direitos de ciclistas, pedestres e usuários do transporte público, lança hoje o aplicativo web “Dá pra atravessar?”, que analisa a segurança e facilidade para percorrer a pé dezenas de cruzamentos da cidade.

Captura de tela de 2015-04-21 16:40:36

Utilizando como base a plataforma OpenStreetMap, o aplicativo permite que o usuário possa escolher um ponto de travessia e avaliar a segurança existente (de 1, extremamente inseguro até 7, extremamente seguro), além de particularidades que podem complicar a travessia: tempo muito curto para atravessar, espera muito longa para que a sinaleira abra para o pedestre, distância entre pontos de travessia que alongam o trajeto do pedestre, e travessia com várias etapas fora de sincronia entre as sinaleiras (no caso, por exemplo, de corredores de ônibus).

Os 94 pontos foram escolhidos com base no levantamento feito pelo gabinete do vereador da Capital Marcelo Sgarbossa (e que serviram de base para a elaboração do projeto de lei dos 30 segundos) e enviados ao Ministério Público Estadual (MPE) para análise. “O MPE repassou esses pontos para a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) e pediu que ela os analisasse. A EPTC aumentou o tempo de travessia em alguns deles e disse que nos demais o tempo era suficiente”, explica Augusto Bennemann, Coordenador de Soluções em Tecnologia da Mobicidade e responsável pela elaboração do aplicativo. Justamente por isso, os pontos no mapa podem estar classificados entre travessias “com tempo aumentado”, “não modificado” ou, ainda, sugeridos por usuários da ferramenta.

“Com os dados coletados por meio do app, vamos poder, inclusive, comparar a análise dos usuários com dados de atropelamentos ocorridos, o que pode intensificar e legitimar a necessidade de um olhar mais cuidadoso sobre o pedestre por parte do poder público, ou comprovar, nos pontos onde houve aumento do tempo de travessia, uma diminuição de ocorrências decorrente da medida”, observa Bennemann.